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Editorial edição 90A

Milton Saldanha

 Boa novidade em Curitiba

Neste 15 de março estaremos em Curitiba para a festa de inauguração do Centro de Dança Jaime Arôxa Paraná. Será um momento marcante para a dança de salão brasileira, na medida em que provoca o mercado, como aconteceu em São Paulo há alguns anos. Curitiba, cidade onde o balé é consagrado e fortíssimo, e onde as danças étnicas lideram o ranking nacional, ainda deixa a desejar em dança de salão dentro do conceito de movimento, como no Rio e São Paulo, apesar das suas respeitáveis academias e professores autônomos que há vários anos se esforçam para trazer mais pessoas ao nosso meio. Eles próprios não só reconhecem como até se queixam dessa realidade, como constatamos durante o trabalho de montagem da edição especial sobre a dança naquela capital.

Falando de Sul brasileiro, em dança de salão, ainda que seja muito melhor que Porto Alegre, cotejando as proporções Curitiba perde para Florianópolis, cidade muito menor. É esse quadro que todos desejamos ver revertido. A cidade tem potencial, por seu perfil social predominante, para duplicar ou até triplicar o número de alunos matriculados em escolas de dança. Isso ensejaria o crescimento também das alternativas de locais para dançar.

A chegada do Centro de Dança Jaime Arôxa Paraná é uma contribuição em busca desse salto. Longe de representar uma ameaça aos já estabelecidos, a maioria fazendo um trabalho de qualidade (alguns já levaram o próprio Jaime para dar cursos), a novidade deve ser festejada como uma conquista de Curitiba. É claro que acirra a competição. Mas, por acaso, isso é ruim? Com certeza não, visto que abre uma nova agenda de discussões e avaliações, centrada em métodos, pedagogias, tendências, estética. Ou, de forma mais direta e simples: sacode o mercado. Pelo menos é o que se espera.

Caberia agora Curitiba importar a experiência do ABC, criar sua associação, e empreender uma campanha de longo prazo em busca de novos alunos e praticantes de dança de salão, nos mais diversos estratos sociais, inclusive abrangendo as cidades vizinhas mais próximas. Atitude, aliás, que São Paulo Capital já deveria ter tomado há muito tempo, mas não toma, porque falta uma liderança aglutinadora para puxar a iniciativa.

Ao dar os parabéns para a moçada de Curitiba, torcendo por união e êxito para todos, seria injusto não lembrar dos principais nomes que ensejam este novo desafio: Ângela Prado, na direção, que trocou emprego antigo pela coragem de ousar lutar; Sandra Ruthes, professora; Cristovão Christianis e Silvia Senra, professores do Rio de Janeiro; Jaime Arôxa, pela visão empreendedora; Christiano Alcântara, entusiasta da dança de salão e incansável batalhador por Curitiba. 

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