Arthur Tavares

Amante da dança, no mínimo há 30 anos, descobri a possibilidade de aprender da dançar em academias há cerca de quatro anos. O que isso significou? Mais técnica, melhor postura, equilíbrio, novos passos, etc. E, com isso, poder também ajudar a ensinar, com o coração, como bolsista. É com esse espírito que faço meus comentários.

O que é dançar? É divertimento, que se curte com a parceira, seja ela amiga, esposa, namorada. Isso estabelece uma cumplicidade entre as pessoas e o público é o que menos interessa. O que é competir? Buscar a melhor performance dentro de regras pré-estabelecidas, como acontece nos esportes e na dança internacional. Emílio Ohnuma foi muito feliz nos seus comentários na edição de julho. E quando Carlinhos de Jesus falou em Recife, levantando a celeuma, acho que ele quis dizer certamente isso, de se jogar a moça para o alto, rolar entre as pernas, etc. São técnicas com grau de dificuldade, mas não fazem parte da dança de salão.

Criatividade é fundamental. Quem se dispõe a participar de uma competição tem que assimilar isso. Já vi Carlinhos de Jesus em show e não precisou de grandes técnicas para tornar seu trabalho muito legal, bonito, agradável. Acho que ele dança mais com o coração do que com a técnica, e isso não significa que não conheça muita técnica. Simplesmente ele não entra na competição.