Do nosso ponto de vista, uma das coisas que mais produz felicidade é
dançar; são momentos nos quais a pessoa se entrega a essa
fantasia sublime, onde não existe dor, onde nada de mal nos alcança,
onde se esquece dos inconvenientes da rotina diária, muito comum
nos dias de hoje.
Estamos doentes de problemas, uns mais, outros menos; isto se
nota observando o rosto da maioria das pessoas. A dureza de seus gestos
o denuncia, é como se houvesse perdido a liberdade por completo,
como que robotizados. Por tudo isso é que temos que nos expressar
livremente, tirar tudo o que de positivo temos a ofertar ao próximo
- e que melhor momento do que numa pista de dança, ou mesmo em casa,
seja a nossa ou a de amigos? Façamos reuniões, combatamos
a falta de comunicação, dancemos, desafio fantástico
de resultados incomparáveis, uma dependência muito saudável.
Para conseguir bons resultados, em geral, devemos fazê-lo
com respeito. Dançar é um sentimento que devemos deixar
aflorar, por nós e por aqueles que nos acompanham. Devemos
escutar a música, a que definitivamente nos guia - é como
ler um livro: se o fazemos com pressa, sem respeitar as vírgulas
e os pontos, não podemos interpretar bem aquilo que o autor quis
nos transmitir. Na música, é idêntico: deve-se
bailar a melodia dentro do ritmo. A melodia envolve o espírito e
o ritmo se apodera do físico. (Trechos de depoimento
dado à imprensa por Facundo y Kely, mestres argentinos de Tango)