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EDITORIAL Nota
em coluna social de jornal carioca de grande circulação divulga oportunidade
para bailarinas em cruzeiro e conclama: “é só botar a saia com fenda, o sapato
de espanhola e faturar em dólar”. A evidente desinformação da colunista em seu
pequeno (em todos os sentidos) e mordaz texto, no entanto, não é o mais grave:
ignorar os muitos anos de dedicação e preparo disciplinado que a profissão de
bailarino exige não é privilégio dela - a sociedade é carregada de ignorâncias
fáceis e preconceitos cômodos. O que desanima mesmo é perceber que não se trata
de uma forma de protesto já que a jornalista dá a entender ao leitor que se
trata de expor os corpos das mulheres brasileiras em uma vitrine em alto mar.
É, ao contrário, a “fórmula de sucesso” da publicação: vender o torpe, o
gracejo baixo, o vulgar. Desalentador é essa senhora ter um espaço tão
privilegiado em um diário de grande vendagem e usá-lo para perpetuar
preconceitos e denegrir. Grave é que não haverá punição por difamar toda uma
classe. Triste é que o ideal de beleza pelo qual o artista se sacrifica não
seja considerado uma boa pauta.
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