I Salão Rio Dança - Uma semana de oficinas de 14 a 18 de julho. Não deixem de participar. Profissionais renomados e de destaque estarão presentes - é bom para você é bom para a dança a dois. Informações e inscrições: (21) 9974-9046 .

Diga-me com que andas... Apresentar-se na TV, ter o nome em jornais e revistas, é o máximo. Quem não quer estar na imprensa? Às vezes, o que a princípio parece bom, pode ter conseqüências desagradáveis. Dependendo do tom e forma de abordagem, uma incursão na mídia pode denegrir seu nome, marca, trabalho, arte. Vale ter cuidado e em alguns casos, dizer não. Por exemplo, duas danças apareceram em "O Clone". A dança de salão foi retratada de forma deturpada, e teve até briga na gafieira. Diferente da dança do ventre, que lotou escolas graças à abordagem positiva que recebeu. Programas sensacionalistas, mesmo com grande audiência têm, relativamente, poucas propagandas. As empresas de bom senso percebem que perdem mais do que ganham ao ligar sua marca a um produto de qualidade duvidosa. Outra questão é: quem já tem reconhecimento, ao se permitir fazer apresentações junto à outras de quem mal sabe o passo básico, sem que haja distinção de níveis técnicos, por exemplo como convidado especial ou com divisão de categorias endossa um erro conceitual. O trabalho iniciante precisa e merece ter espaço, desde que haja o devido cuidado em divulgar a proposta, sob pena de se criar uma falsa impressão do nível artístico da dança de salão em geral. Nossa arte ainda não tem tradição como linguagem para palcos, construir esta história é tarefa de responsabilidade, há que se adquirir técnicas específicas, estudar e entender que o que funciona no salão, não necessariamente funcionará numa caixa cênica. Há de se registrar que iniciante não é só aquele que está começando, mas também os que ainda não adquiriram, apesar de estarem no mercado há anos, essa especialização. A busca da qualidade deve ser constante, desde o programa, à proposta, ao respeito aos artistas e ao público - tudo vai se refletir no resultado final e consequentemente na imagem da dança a dois.

Encontro Internacional de Maestros - Foi enorme o sucesso deste evento promovido pelo professor Paulo Araújo que conseguiu reunir profissionais renomados para intercambiar experiências sobre o tango. Estiveram presentes: Alice Vasques - RJ, André de Carvalho - RJ, Bruna Ferrari - Itália, César Cordeiro - PA, Cesira Miceli - Itália, Cláudia Soares - MG, Daniella Bastos - RJ, Douglas Rivera - EUA, Erica Sutton - EUA, Graciela González - Argentina, Luciano Júnior - MG, Marcelo Amorim - DF, Marcelo Ferreira - RJ, Margareth Costa - SP, Mauro Lima - RJ, Moira Castellano - França, Monica Spanu - Itália, Pino Perria - Itália, Vitor Costa - SP e o próprio Paulo Araújo - RJ.

Baila Floripa - A mostra de dança de salão promovida pela Associação Catarinense de Dança de Salão foi um grande evento, principalmente em relação ao nível dos participantes. Força ACADS! Não esmoreçam com eventuais críticas parciais, normalmente fruto de inveja ou ganância. Podem contar comigo enquanto o objetivo for o engrandecimento da dança a dois e o respeito à classe. Aos que duvidam, vamos provar que temos sim, base cultural para nos articularmos, que não daremos o aval da nossa presença àqueles que agridam a dança de salão, que vamos nos defender de todos os ataques e mostrar aos oportunistas e preconceituosos que acham que a dança de salão não é arte, que é arte menor ou só serve para faturar uns trocados, que temos organização e acuidade suficiente para construir nossos próprios caminhos, e assim conquistar com qualidade, beleza e sobretudo ética um público cada vez maior.

Dança é Arte 1 - Pela circular E/DGED/DEF n° 112 a Prefeitura convida professores de Educação Física para inscreverem-se no curso de formação continuada em dança/2003. O curso tem como objetivo capacitar estes profissionais em seis meses (uma vez por semana) para, ministrar aulas de dança, já que breve fará parte da grade curricular das escolas públicas.

Em uma faculdade de Dança, leva-se por volta de quatro anos para se conquistar o diploma. Para formar um mestre de balé são necessários pelo menos oito anos de estudos. Eu levo, em média, três anos (com aulas todos os dias) para formar alguém com uma mínima capacitação em danças de salão. Em minhas turmas tive diversos alunos formados em Educação Física que tiveram muita dificuldade em acompanhar as aulas. Em função disso, gostaria de saber:

1. Que tipo de metodologia será usada para passar técnica, base, conhecimento histórico, sensibilidade artística, experiência e conceituação teórica em tão pouco tempo?
2. Posso usar o princípio da isonomia e implementar um curso de seis meses (uma vez por semana) capacitando meus professores de Dança, que então, farão registro no cref, para atuar como professores de Educação Física nas escolas municipais?

Dança é Arte 2 - Promovido pelo sistema cref/confef, anúncio na revista Veja apregoa: quem não paga ao cref é desqualificado; já nos out doors de Brasília a mensagem é: denuncie quem não paga ao cref. De repente aparecem na Rede

Globo (no Jô, Jornal Nacional, Globo Esporte) matérias enormes tentando disseminar a idéia que dança é esporte, "balé sarado''?!? - Quanto custa uma campanha difamatória desse porte? Qual os objetivos? Coincidência? Sendo direto: é baixo, vil e desonesto.

Leny Fiori e Trajano brilharam nos salões enquanto estiveram entre nós, fica a lembrança e os relatos de quem os viu deslizar com maestria pelos bailes. Agora serão assistidos pelos anjos. Palmas para esses dois grandes dançarinos e o nosso muito obrigado.

Luís Florião é professor

de danças de salão