Em 1979 a convite de um amigo, fiz um teste em uma escola de ballet na rua Oitis na Gávea - RJ. Foi quando comecei os primeiros passos - depois de conseguir bolsa na escola de Ballet Dalal Achcar. Tivemos aulas de orientação básica com Desmond Doyle. Lá estavam a ativíssima Maria Luíza Noronha, via Ana Botafogo fazendo aula e outros que nem conhecia (...) Em 1980, foi criada uma Associação Profissional dos Profissionais da Dança. Na época, o prof. de clássico, Luis Carlos Nogueira, nos levou para fazer o teste para ingressarmos na Associação (APPD) que era dirigida pelo prof. Nino Giovanetti. Muitos bailarinos fizeram o teste, eu consegui meu n^o. da carteira 494, meu primeiro registro na Dança.

Fiquei na escola por 4 anos e tive grandes professores como Dennis Gray de clássico, aulas de jazz com Renato Vieira e outros tantos importantes, mas quem ficou mais tempo foi a saudosa Miss Brenda Doyle que nos passou não só sua técnica de 1^ª bailarina do Royal Ballet de Londres, mas sua emoção pela arte. Boas pianistas nos acompanhavam e também se emocionavam com recordações pessoais e de ver tantos meninos compenetrados, suando e enfrentando preconceitos - alguns até escondiam dos pais que faziam aulas.

(...) Fiquei fora do Rio de Janeiro por algum tempo e hoje estou de volta, dou aulas e danço, nunca me separei e amo o que faço: a dança.

Essa reticenciada história é para tentar saber o que aconteceu com a APPD. Nunca mais ouvir falar sobre. Gostaria de informações. Se ainda existe e como me atualizar.

Ricardo Coelho - RJ

Olá, tudo bem? Gostaria de saber o que realmente está acontecendo com vocês? Sem ânimo para fazer matérias sobre dança de salão tipo bolero, swing, samba, tango, salsa, forró, etc? Esquecendo o principal: a agenda de bailes de cada ritmo... Estou cada vez mais desanimado para ler este jornal que é voltado para dança... Um grande abraço,

Gustavo Obermüller

Prezados editores, estou escrevendo uma tese de doutorado cujo tema é envelhecimento feminino e o campo que escolhi para fazer a pesquisa foi o baile de dança de salão. Na fase atual do meu trabalho, preciso redigir um capítulo que faça uma descrição dos passos do bolero, do soltinho, do forró e do samba. Mesmo sabendo que não podemos ter uma visão única sobre o que são essas danças, é necessário apresentar ao leitor da tese uma pequena visão sobre o que são essas danças de par enlaçado.

Não consegui até agora encontrar uma bibliografia ou um pesquisador da dança que pudesse me auxiliar nessa empreitada. Como no último número do jornal Dança, Arte & Ação, encontrei uma pequena descrição do forró, gostaria de saber se vocês têm mais informações que possam me ajudar.

Andrea Moraes

Prezada Andrea, não conhecemos bibliografia que dê descrição dos passos que usamos nas várias modalidades (ritmos) de dança de salão no Brasil. Nosso colunista Luís Florião se colocou a disposição para lhe dar mais informações sobre as danças. Se isso fôr de seu interesse, você pode contatá-lo através do endereço eletrônico ou telefones da redação.

O surgimento de "novos" festivais de dança no país e digo "novos" no mais estimulante e renovador sentimento que a palavra pode conter, merece a atenção da classe. Falo de dois novíssimos festivais que acreditam na identidade diferenciada e apostam no seu papel e responsabilidade como fomentadores do mercado da dança nacional. São eles o Festdança Curitiba, realizado em novembro e o Festival Internacional da Nova Dança (antigo Zona Z ) que acontecerá em Brasília, em fevereiro de 2003.

Iniciativas como estas só aumentam e qualificam o mercado de dança, criando oportunidades para o desenvolvimento de nossa arte, além de abrir perspectivas de trabalho para os profissionais brasileiros.

Aproveito para parabenizar e desejar vida longa ao jornal de vocês (nosso jornal)! Obrigada pela atenção, um abraço grande,

Luciana Lara - coreógrafa e diretora da A.S.Q. Cia de dança de Brasília - DF