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Jornal DAA Cartas - 55

CARTAS DOS LEITORES

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       O DAA se reserva o direito de, atendendo à exigências de espaço e/ou melhor compreensão, editar as cartas recebidas, mantendo contudo, o sentido original.


Existe um novo regulamento que obriga os professores de ballet a serem formados em Educação Física e/ou fisioterapia? Fui à manifestação que ocorreu há mais ou menos um ano em frente ao Theatro Municipal no Rio de Janeiro e tenho certeza que saiu uma matéria no seu jornal. Gostaria de saber se essa "lei" foi aprovada, se já está em vigor e se Baby-Class também está incluída nessa nova ordem mundial? Obrigada.


Giovanna Gold - RJ


Prezada Giovanna,

Você deve estar se referindo à tentativa do Conselho Nacional de Educação Física de tornar-se órgão controlador e fiscalizador do ensino da dança. Não foi aprovada a emenda que anexaria a dança aos mecanismos de administração da Educação Física, e portanto não é necessário ter formação nesta cadeira para ministrar aulas de dança, nem ter o registro nos Conselhos Regionais de Educação Física (CREF's). Os conselhos, no entanto, muitas vezes agem como se fosse necessário.

Desde a época do início do combate a essa investida até hoje existe um fórum de dança que orienta como agir numa situação destas e mobiliza-se para não mais permitir que a classe de dança fique vulnerável a tentativas de controle por parte de outros setores, alheios ao meio. Para entrar em contato com eles o endereço é: forumnacionaldedanca@terra.com.br



Na edição passada, respondemos à amazonense Edyna Pereira, dando algumas dicas de fontes de pesquisa para sua tese sobre dança como terapia. Neste número registramos a colaboração do leitor Airton, de Curitiba, indicando uma monografia sobre o assunto que se encontra na Agenda Brasileira de Dança de Salão (www.dancadesalao.com ) É muito bom poder testemunhar e participar na comunicação entre amantes da dança que se encontram tão distantes geograficamente, mas tão próximos no interesse por nossa arte!



Gostaria de agradecer do fundo do meu coração pela ajuda de vocês. O trabalho já está engatinhando e graças ao primeiro passo que foi dado como conseqüência de sua atenção.

Edyna Pereira - AM



Gostaria de ressaltar a minha admiração e gratidão a Eliana Caminada e também ao mestre Eric Valdo, estes grandes profissionais, pois com certeza as suas palavras são grande incentivo para minha carreira.

Rodrigo Negri – RJ

Foi publicada na edição de setembro/outubro do Dança, Arte & Ação entrevista com Rodrigo Negri e Karina Dias, realizada por Eliana Caminada fazendo público reconhecimento ao trabalho dos novos talentos.



Trabalho no Nikkei, jornal de economia do Japão. Faremos matéria a respeito de novidades ou fenômenos comportamentais que surgem em São Paulo e no Brasil. Sendo assim, pensamos na dança de salão. Pesquisei na Internet e assim cheguei até a página de vocês. Gostaria de tirar algumas dúvidas, que seriam: Se há um aumento da procura de jovens por dança de salão/ Se sim, se há um motivo para isso.

Sumika - Japão


Respondendo a sua pergunta, a dança de salão tem sido muito procurada por jovens que a "redescobriram", faz mais ou menos 20 anos: em 1984/1985 a lambada "estourou" como a dança da moda nas boates, danceterias e havia um grande interesse em aprendê-la. Depois disso, a modalidade tem estado em evidência, cativando os jovens que, depois da lambada, apostaram em outros ritmos, sendo que nos últimos anos a maior procura tem sido pelo forró. Com a juventude no salão, outras danças passaram a cair no gosto de pequenos grupos, que hoje fazem suas "tribos" como é o caso da salsa, da lambada, do rock e do tango, sendo possível encontrar listas de discussão na Internet, bailes especiais, etc.

A valorização da dança como grande ferramenta de socialização, com as inúmeras iniciativas de ONGs, associações e dançarinos junto às comunidades carentes abrange desde o balé clássico até a dança de rua e nesse leque a dança de salão se mostra como a mais democrática, permitindo a participação de todos, independente de idade, físico ou condicionamento, o que a faz ser muito adotada e bem aceita.

As novelas por sua vez, que têm um grande público jovem, fazem da dança uma atração à parte, trazendo plasticidade às cenas.

Acreditamos também que o culto ao corpo, tão forte na formação dos jovens, não se contenta com as academias de ginástica e esportes radicais. Muitos conciliam atividades ou simplesmente preferem a dança por ser um exercício mais dinâmico e artístico.

A dança também passou a ser mais valorizada como um fator de redução do estresse, com efeitos psicológicos interessantes e é freqüente que terapeutas e psicólogos recomendem-na como uma atividade de apoio à terapia, já que facilita a socialização, o conhecimento do corpo e ajuda nos casos de timidez, dificuldades de coordenação, etc.

A opção pela dança de salão especificamente, acaba acontecendo pela facilidade de acesso, a popularidade e por não estar restrita à situações e/ou eventos especiais.


Caro Luís, apreciei seu ponto de vista em relação à regulamentação da atividade Dança de Salão (DAA nº 52). Como sugestão, seria de bom alvitre que uma minuta de lei ou algo do gênero fosse apresentada para algum parlamentar identificado com a arte. Por exemplo, um grupo de profissionais da dança poderia se reunir e elaborar essa minuta, que seria posteriormente transformada em projeto de lei e encaminhada ao Legislativo. A conjuntura atual (ano eleitoral) é propícia para algo assim. Um abraço.

Ilzomar Pontes do Rosário - Acre


Caro Ilzomar Rosário,

A sua sugestão é ótima, a falta de regulamentação para a profissão é uma das maiores lacunas da dança a dois no Brasil. Estou preparando uma proposta para unir um grupo de professores que vai lutar pelo crescimento da modalidade. Acho que devemos posteriormente contratar um especialista para a redação da proposta de regulamentação. Apesar de sermos uma das maiores categorias do Brasil em número de praticantes, ainda precisamos nos estruturar melhor. Talvez por isso ainda não elegemos nenhum político que lute por nossas causas nem vemos na TV políticos fazendo promessas para a classe...

Luís Florião



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