Jornal DAA Editorial - 48
EDITORIAL
Como todos sabem,
vivemos numa democracia. Sabem também que esta palavra significa governo do
povo. Nessa conjuntura é natural que o povo veja nos políticos os representantes
de suas reivindicações e que os políticos, por sua vez, atuem sempre respeitando
e indo ao encontro das necessidades daqueles que os designaram como porta-vozes
legítimos.
Ao deparar-se
com uma proposta de lei que tenciona reger sua atividade profissional, mas que
foi feita sem ouvi-la, a classe da dança foi atingida em seu direito constitucional,
agora questiona os legisladores e luta para provar que é uma arte.
Não se trata de
futilidade de artista, não é uma questão pequena de nomenclatura: Educação Física
ou Arte? Sem negar a importância da primeira em suas atividades, a Dança quer
ver respeitados seus artífices, quer ser apoiada em suas atividades, amparada
para se desenvolver ainda mais e, reconhecida em sua plenitude, o que lhe garante
não precisar de "tutores".
A verdadeira arte
é uma expressão de liberdade, ela faz pensar, faz crescer. E dançar é arte.
Em homenagem ao ser artista, publicamos na página 13, junto à reportagem sobre
a questão, uma fotografia de Walter Firmo - uma fantástica expressão da nossa
almejada liberdade, que nos faz pensar e por isso crescer - para assim ilustrar
que, da mesma forma como aquele retrato não pode ser chamado de simples reprodução
mecânica da realidade, dança não pode ser vista somente como atividade física.
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