Por Sidarta da Silva Martins (london_cons@hotmail.com)

O Salão

Cada uma e cada um, um a um e uma a uma

A chegada, em revoada, com seus sonhos, suas buscas.

O salão e sua magia, seu fascínio, suas luzes

O convite! O sim e o não, as escolhas, tão difíceis...

Em meio a tantas ofertas, entre tantas coisas tão fáceis.

Música, passos, compassos e as voltas

Novas idas e novas voltas, à busca de uma nova vida

No bolero, o encanto... No soltinho, o desencanto

No samba, as novas promessas, promessas de novos passos.

Os passos, ah!... Os passos, uns certos e outros errados

A cada passo uma promessa, no olhar, no tocar, no ficar

Promessas!

Mais uma, uma a mais, e mais outra

Outras tantas, e tantas outras, e já foram tantas e quantas...

Promessas!

A cada passo, uma volta, a cada volta, um abraço

E a cada abraço um novo passo, um novo compasso

Trazendo sonhos a mais, e esperanças a menos.

A cada novo giro, a cada nova volta, renasce a esperança

A esperança de que seja a última, a última volta, o último passo

De que esta seja a última, de muitas e tantas esperanças

De que esta seja a última volta, para uma vida sempre sonhada

Uma vida a ser vivida, a ser compartilhada.

A cada passo o compasso para um novo tempo

Para novos horizontes, para novas danças, enfim!

Para novos salões, novos braços e novos abraços, novas revoadas!

Cada uma e cada um, um a um e uma a uma

A chegada, em revoada, com seus sonhos, suas buscas.